Tenho encontrado pessoas incríveis na vida, programadores, empreendedores, designers, pessoas excepcionais.
Muitas vezes tento diminuí-las com meus julgamentos para me oferecer uma sensação de superioridade.
Imagino que todo o mérito de sucesso destas pessoas incríveis vem de suas origens familiares mais ricas, oportunidades de estudo, a escolha de não terem tido filhos ou terem casado (o que lhes dá mais tempo). Penso no quão cheia de dificuldades é minha vida e como a destas pessoas é fácil.
Assumo mais compromissos, estudo mais, falo mais alto, quero que meu valor/hora seja o maior do mercado.
Mas a verdade, é que por mais que eu tente, continuo achando estas pessoas lindamente incríveis.
O empreendedor egocêntrico que consegue captar dinheiro na casa dos milhões.
O designer namorador que nos emociona com cada layout.
O programador despreocupado com a empresa, mas que manja muito de front end.
Entende que sou eu que julgo egocêntrico, namorador e desatento? são adjetivos que eu coloco, o julgamento é puramente meu.
Sou eu que prezo menos por eles. Sou eu que menosprezo.
O cuidado, a dedicação e o compromisso de cada um com sua própria existência, com sua carreira, com sua própria felicidade é belo de se ver. O que eles fazem que eu julgo errado, em verdade, nunca me prejudicou em nada e eu posso estar muito errado.
Olhar querendo ser melhor, me deixa pesado, me esforço demais.
Olhar e apreciar, me deixa leve, as prioridades ficam interessantes.
Todo meu olhar pra fora, penso agora, deveria ser como que a admirar. Admirar a leveza do pássaro, a segurança da árvore, a estabilidade da rocha, o design do carro, a performance do software.
E por mais que admire o pássaro. Não quero ser pássaro.
Eu só quero ser quem sou,
e o mais belo disso,
é que ninguém mais,
será superior
do que eu mesmo,
sendo quem sou.