Ninguém tem culpa pelo que está acontecendo com você agora, nem o atual presidente, nem o antigo, nem o dev, nem o PO, nem seu pai, nem sua mãe, nem mesmo você.
Mas é claro que todas as suas relações te afetam e as ações das pessoas que te rodeiam geram efeitos em você.
Acredito que o presidente atual influencia a sua vida sim.
Acredito que as decisões do(a) presidente anterior influenciam a sua vida sim.
Acredito que a decisão dos seus pais influenciam sua vida sim.
Acredito que as suas decisões do passado influenciam sua vida sim.
Quero falar que pode não haver culpa, mas evidentemente existem consequências de tudo que eles fizeram e fazem.
A culpa pressupõe que no passado havia um caminho certo, a culpa pressupõe que no passado, tínhamos nós e eles todas as informações e a maturidade adequada para decidir. A culpa nos paralisa porque coloca a solução do nosso presente em um local no qual não se pode chegar, que é no passado.
Parece até que existem teorias sobre viajar para o futuro, mas não para o passado.
Entendo que o que há disponível é observar atentamente o ponto da vida em que estou. Observar o que funciona, o que não funciona, e agir com calma, com auto responsabilidade e com a leveza de saber que nesse momento estou tomando a melhor decisão possível.
Existe a ansiedade.
Existe o medo de permanecer estagnado.
Existe aquela vontade quase irresistível de colocar a culpa no presidente, no PO, no Dev (menos no Scrum Master, tadinho).
Porém, perante a vida, a máxima de que a “culpa é sua e você coloca em quem você quiser” tem pouco benefício prático.
Prefiro o movimento de observação, de si e do entorno, procurando aqueles comportamentos que nos levam na direção que queremos.
Assim como os outros te influenciam, você influencia demais também. Na visão dos teus líderes e liderados, o culpado muitas vezes é você. Seremos julgados com o mesmo peso que julgamos.
Fica então, minha auto sugestão: Observar a mim mesmo, para que meu tempo seja dedicado em benefício do que trago no coração.